domingo, 4 de março de 2007

Alimentação e Saúde

A alimentação é um factor fundamental na nossa saúde. Na postagem anterior falava-se das regras de uma alimentação equilibrada e uma dessas regras é que esta seja o mais variada possivel, devendo comer-se alimentos de todos os grupos. Muitas vezes, isso não é cumprido e com a desculpa de que não se gosta de determinados alimentos estes são deixados de lado. Esta situação é frequente, sobretudo com as crianças, no entanto o gosto também se educa. Os vegetais, tantas vezes esquecidos, podem ser essenciais na prevenção de certas doenças do sistema digestivo, nomeadamente no cancro do cólon que é uma das doenças mais mortais no nosso país.

O cancro do cólon e do recto é, em Portugal, o cancro mais frequente nos homens, embora, neste mesmo grupo, seja a quarta causa de morte oncológica. Já nas mulheres é o segundo tipo de cancro bem como a segunda causa de morte oncológica.
Conheça os factores de risco e saiba como detectar.



Quais são os factores de risco?
Idade superior a 50 anos;
Factores dietéticos como o baixo consumo de vegetais verdes, fibras ou o excessivo valor energético das refeições;
Excesso de peso e sedentarismo;
Presença de pólipos no intestino grosso;
História de colite ulcerosa ou de doença de Crohn;
Certas doenças hereditárias, como a polipose adenomatosa familiar.


As causas do cancro do cólon são desconhecidas, mas a evidência epidemiológica implica factores dietéticos e hereditários. Nos EUA, a alta incidência de cancro do cólon está relacionada com um alto estatuto socioeconómico e uma alta densidade populacional. Em termos mundiais, a doença é mais comum nas sociedades industrializadas do que nos países subdesenvolvidos, e isso pode dever-se a um regime dietético rico em lípidos (gorduras) e pobre em fibras vegetais.

Particular atenção a sinais e sintomas próprios desta localização anatómica e a prática de exames próprios para uma detecção mais precoce permitem reduzir a incidência e a mortalidade.


Quais são os sinais e os sintomas mais frequentes?
Alteração nos hábitos intestinais, com o aparecimento de diarreia ou de obstipação;
Presença de sangue nas fezes;
Sensação de que o intestino não esvazia completamente;
Desconforto abdominal;
Perda de peso inexplicada;
Cansaço.


Que exames podem detectar o cancro do cólon e do recto?
Para além dos exames físicos e clínicos habituais, deverão realizar-se, de forma mais ou menos periódica, isolados ou em conjunto, sempre sob orientação clínica: o toque rectal, a pesquisa de sangue oculto nas fezes e/ou outros exames que permitem a visualização directa ou indirecta do cólon e do recto, como sejam a sigmoidoscopia e a colonoscopia.


Colonografia Virtual: Uma boa alternativa no despiste do Cancro do Cólon.
A Colonografia Virtual (CV), é uma técnica radiológica de avaliação do cólon e recto (intestino grosso) para despiste de tumores malignos e pólipos.
Os pólipos são proeminências da camada mais interna da parede do intestino, que se projectam para o lúmen, com diâmetros que variam entre alguns milímetros e alguns centímetros. Estes pólipos são em muitos casos precursores de cancro. Na realidade praticamente todos os cancros do cólon e recto têm origem nestes pólipos da parede intestinal, embora nem todo o tipo de pólipos tenha potencial pré-maligno.A técnica consiste na aquisição e reformatação de imagens, a partir de um estudo por Tomografia Computorizada (TAC) em aparelho de última geração (multicorte), de forma a recriar uma viagem (virtual) através do interior do cólon, semelhante à que se obtém na Colonoscopia Clássica (CC), mas com a grande vantagem de prescindir da introdução e progressão de um colonoscópio (tubo de fibras ópticas) ao longo do recto e cólon, reduzindo drasticamente quer o desconforto quer o risco de complicações associado ao procedimento clássico.


sites relacionados:http://www.min-saude.pt

http://www.mni.pt

http://www.apostomizados.pt/

Sem comentários: