terça-feira, 20 de março de 2007

Obesidade



Sabias que, depois do tabagismo, a obesidade é considerada como a segunda causa de morte passível de prevenção?






O que é a obesidade?

A obesidade é uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de afectar a saúde.É uma doença crónica, com enorme predomínio nos países desenvolvidos, atinge homens e mulheres de todas as raças e de todas as idades, reduz a qualidade de vida e tem elevadas taxas de mortalidade. A obesidade acarreta múltiplas consequências graves para a saúde.

O que causa a obesidade?

O excesso de gordura resulta de sucessivos balanços energéticos positivos, em que a quantidade de energia ingerida é superior à quantidade de energia dispendida. Os factores que determinam este desequilíbrio são complexos e podem ter origem genética, metabólica, ambiental e comportamental.Uma dieta hiper energética, com excesso de gorduras, de hidratos de carbono e de álcool, aliada a uma vida sedentária, leva à acumulação de excesso de massa gorda.Existem provas científicas que sugerem haver uma tendência genética que determina, em certos indivíduos, uma maior acumulação de gordura na zona abdominal, em resposta ao excesso de ingestão de energia e à diminuição da actividade física.


Quais são os factores de risco?


· Vida sedentária - quanto mais horas de televisão, jogos electrónicos ou jogos de computador, maior a prevalência de obesidade;
· Zona de residência urbana - quanto mais urbanizada é a zona de residência maior é a prevalência de obesidade;
· Grau de informação dos pais - quanto menor o grau de informação dos pais, maior a prevalência de obesidade;
· Factores genéticos - a presença de genes envolvidos no aumento do peso aumentam a susceptibilidade ao risco para desenvolver obesidade, quando o indivíduo é exposto a condições ambientais favorecedoras, o que significa que a obesidade tem tendência familiar;
· Gravidez e menopausa podem contribuir para o aumento do armazenamento da gordura na mulher com excesso de peso.

Que consequências para a saúde acarreta a obesidade?

· Aparelho cardiovascular - hipertensão arterial, arteriosclerose, insuficiência cardíaca congestiva e angina de peito;
· Complicações metabólicas - hiperlipidémia, alterações de tolerância à glicose, diabetes tipo 2, gota;
· Sistema pulmonar - dispneia (dificuldade em respirar) e fadiga, síndroma de insuficiência respiratória do obeso, apneia de sono (ressonar) e embolismo pulmonar;
· Aparelho gastrintestinal - esteatose hepática, litíase vesicular (formação de areias ou pequenos cálculos na vesícula) e carcinoma do cólon;
· Aparelho genito-urinário e reprodutor - infertilidade e amenorreia (ausência anormal da menstruação), incontinência urinária de esforço, hiperplasia e carcinoma do endométrio, carcinoma da mama, carcinoma da próstata, hipogonadismo hipotalâmico e hirsutismo;
· Outras alterações - osteartroses, insuficiência venosa crónica, risco anestésico, hérnias e propensão a quedas.

A obesidade provoca também alterações socio-económicas e psicossociais:
  • Discriminação educativa, laboral e social;
  • Isolamento social;
  • Depressão e perda de auto-estima.

Como se previne a obesidade?


· Dieta alimentar equilibrada;
· Actividade física regular;
· Modo de vida saudável

César

A obesidade é notícia

Obesidade infantil: criado projecto para escolas
2007/03/09 18:48

Iniciativa de centro de saúde promove hábitos alimentares saudáveis

O Centro de Saúde de Miranda do Corvo está a desenvolver um projecto que promove hábitos alimentares saudáveis e acompanhamento das crianças com obesidade e excesso de peso, tendo já rastreado a maioria dos alunos do ensino básico local, informa a agência Lusa.
«Trata-se de um projecto pioneiro na região. Já fizemos o rastreio das crianças do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo e estamos a realizar consultas no Centro de Saúde com um nutricionista», disse esta sexta-feira à Lusa o director da unidade, César Fernandes.
Um diagnóstico feito por duas enfermeiras do Centro de Saúde de Miranda do Corvo, no início do ano lectivo, envolvendo 168 das 222 crianças que frequentam o ensino pré-escolar do concelho, revelou que 13,9 por cento dos rastreados têm excesso de peso e 4,76 por cento são obesos.
O projecto pretende evitar que crianças com peso dentro dos parâmetros considerados normais atinjam excesso de peso, ao mesmo tempo que encaminha e acompanha as crianças sinalizadas, através de um nutricionista.
Entre as várias actividades a desenvolver, destaca-se a adopção de ementas correctas no fornecimento de alimentação às crianças, bem como a promoção de estilos de vida saudáveis e o acompanhamento da actividade física das crianças em risco, em parceria com um nutricionista.





Bebé de 15 meses pesa 25 quilos
2007/03/16 11:38

Mateus Araújo engorda um quilo por mês e a mãe já não sabe o que fazer

Negligência ou caso raro? Certo é que a situação de Mateus Souza do Carmo Araújo, um bebé de apenas 15 meses, está a chocar o Brasil, pois apresenta um peso totalmente anormal para a idade: 25 quilos.
Natural de Porto Seguro, na Bahia, está 15 quilos acima do normal para uma criança da sua idade. Segundo O Globo, a mãe, Aline Araújo, de 27 anos, está desesperada porque o filho tem desmaios constantes. Mateus respira com dificuldade, diz poucas palavras e não consegue andar sozinho. «Começou a engordar aos três meses de idade. Dava-lhe leite em pó e uma mistura de mingau», explicou a mãe, que tem um outro filho sem qualquer problema de peso: «Ninguém na família tem histórico de obesidade. Não sei mais o que fazer». Mateus visita o nutricionista desde os três meses de idade, mas o tratamento não está a surtir efeitos. «Não sei o que aconteceu, pois não emagrece. O meu filho engorda mais de um quilo por mês. Não consigo controlar isto», disse Aline, que não encontra ninguém que cuide do seu filho. Até já se viu forçada a deixar o emprego: «Não conseguia encontrar quem ficasse com ele, pois ninguém conseguia carregá-lo.»

quinta-feira, 15 de março de 2007

A educação sexual na escola




A Educação Sexual, definida como um processo pelo qual se obtém informação e se formam atitudes e crenças acerca da sexualidade e do comportamento sexual, deve ser integrada numa nova dinâmica curricular de Promoção e Educação para a Saúde.
A Educação para a Saúde deverá ser considerada prioritária pelo Ministério da Educação, passando a assumir carácter obrigatório.
In, Relatório preliminar sobre Educação Sexual

Realizou-se ontem, na nossa escola, um debate sobre educação sexual. A organização desta actividade tinha como objectivo proporcionar um espaço de reflexão sobre uma temática que continua a suscitar algumas dúvidas nos professores sobre a metodologia a utilizar e os processos de implementação mais adequados.
Sendo a sexualidade parte integrante da pessoa humana desde o nascimento até à morte, falar de Educação da Sexualidade é falar de educação global, completa, contínua, constante, ao longo da vida. Pretendemos que fique claro, para todos que partilhem desta nossa reflexão, que a sexualidade não se resume a um fenómeno meramente biológico, tem também uma dimensão psicológica e social. A sexualidade é uma energia que nos motiva para encontrar amor, carinho, ternura e intimidade - evolui com a idade sendo influenciada por numerosos factores.
É urgente ajudar os nossos jovens a desenvolverem a sua sexualidade de uma forma equlibrada e segura. Estar informado não significa começar mais cedo a ter relações sexuais: a inocência não é preservada pela ignorância.
A aquisição de valores é essencial. Os valores são as coisas em que acreditamos, conhecê-los permite objectivar o que queremos, tomar decisões e não nos deixarmos manipular pelos outros.

domingo, 4 de março de 2007

Alimentação e Saúde

A alimentação é um factor fundamental na nossa saúde. Na postagem anterior falava-se das regras de uma alimentação equilibrada e uma dessas regras é que esta seja o mais variada possivel, devendo comer-se alimentos de todos os grupos. Muitas vezes, isso não é cumprido e com a desculpa de que não se gosta de determinados alimentos estes são deixados de lado. Esta situação é frequente, sobretudo com as crianças, no entanto o gosto também se educa. Os vegetais, tantas vezes esquecidos, podem ser essenciais na prevenção de certas doenças do sistema digestivo, nomeadamente no cancro do cólon que é uma das doenças mais mortais no nosso país.

O cancro do cólon e do recto é, em Portugal, o cancro mais frequente nos homens, embora, neste mesmo grupo, seja a quarta causa de morte oncológica. Já nas mulheres é o segundo tipo de cancro bem como a segunda causa de morte oncológica.
Conheça os factores de risco e saiba como detectar.



Quais são os factores de risco?
Idade superior a 50 anos;
Factores dietéticos como o baixo consumo de vegetais verdes, fibras ou o excessivo valor energético das refeições;
Excesso de peso e sedentarismo;
Presença de pólipos no intestino grosso;
História de colite ulcerosa ou de doença de Crohn;
Certas doenças hereditárias, como a polipose adenomatosa familiar.


As causas do cancro do cólon são desconhecidas, mas a evidência epidemiológica implica factores dietéticos e hereditários. Nos EUA, a alta incidência de cancro do cólon está relacionada com um alto estatuto socioeconómico e uma alta densidade populacional. Em termos mundiais, a doença é mais comum nas sociedades industrializadas do que nos países subdesenvolvidos, e isso pode dever-se a um regime dietético rico em lípidos (gorduras) e pobre em fibras vegetais.

Particular atenção a sinais e sintomas próprios desta localização anatómica e a prática de exames próprios para uma detecção mais precoce permitem reduzir a incidência e a mortalidade.


Quais são os sinais e os sintomas mais frequentes?
Alteração nos hábitos intestinais, com o aparecimento de diarreia ou de obstipação;
Presença de sangue nas fezes;
Sensação de que o intestino não esvazia completamente;
Desconforto abdominal;
Perda de peso inexplicada;
Cansaço.


Que exames podem detectar o cancro do cólon e do recto?
Para além dos exames físicos e clínicos habituais, deverão realizar-se, de forma mais ou menos periódica, isolados ou em conjunto, sempre sob orientação clínica: o toque rectal, a pesquisa de sangue oculto nas fezes e/ou outros exames que permitem a visualização directa ou indirecta do cólon e do recto, como sejam a sigmoidoscopia e a colonoscopia.


Colonografia Virtual: Uma boa alternativa no despiste do Cancro do Cólon.
A Colonografia Virtual (CV), é uma técnica radiológica de avaliação do cólon e recto (intestino grosso) para despiste de tumores malignos e pólipos.
Os pólipos são proeminências da camada mais interna da parede do intestino, que se projectam para o lúmen, com diâmetros que variam entre alguns milímetros e alguns centímetros. Estes pólipos são em muitos casos precursores de cancro. Na realidade praticamente todos os cancros do cólon e recto têm origem nestes pólipos da parede intestinal, embora nem todo o tipo de pólipos tenha potencial pré-maligno.A técnica consiste na aquisição e reformatação de imagens, a partir de um estudo por Tomografia Computorizada (TAC) em aparelho de última geração (multicorte), de forma a recriar uma viagem (virtual) através do interior do cólon, semelhante à que se obtém na Colonoscopia Clássica (CC), mas com a grande vantagem de prescindir da introdução e progressão de um colonoscópio (tubo de fibras ópticas) ao longo do recto e cólon, reduzindo drasticamente quer o desconforto quer o risco de complicações associado ao procedimento clássico.


sites relacionados:http://www.min-saude.pt

http://www.mni.pt

http://www.apostomizados.pt/

sexta-feira, 2 de março de 2007

Regras de uma alimentação equilibrada

A alimentação é um dos factores que mais influencia a qualidade e a duração da vida humana, desempenhando um papel de primordial importância na promoção da saúde e na prevenção da doença. Assim, uma alimentação equilibrada é essencial para se sentir bem e em forma.

Em Portugal os erros alimentares são ainda frequentes, tanto em relação à quantidade de alimentos ingeridos como, e sobretudo, em relação à sua qualidade. O excesso de alimentos ricos em gordura saturada e açúcar, e a falta de frutas e cereais pouco refinados, são apenas alguns dos “pecados” cometidos pela maioria das famílias nacionais. Nós somos o que comemos. Daí a importância de fazer uma alimentação equilibrada. Para alcançar este objectivo, é fundamental conhecer os nutrientes que cada alimento oferece para tirar o máximo partido deles.

A nova Roda dos Alimentos



A nova versão da roda dos alimentos traz muitas novidades. O seu formato original, o círculo, mantém-se. Mas, ao invés de cinco, passamos a ter sete grupos de alimentos e a água, esse bem imprescindível à vida, ocupa o lugar central do círculo.
É composta por 7 grupos de alimentos de diferentes dimensões que indicam, precisamente, a proporção de peso com que cada um deles deve estar presente na alimentação diária.


Como é constituída?

Cereais e derivados, tubérculos:
4 a 11 porções
Hortícolas: 3 a 5 porções
Fruta: 3 a 5 porções
Lacticínios: 2 a 3 porções
Carnes, pescado e ovos: 1,5 a 4,5 porções
Leguminosas: 1 a 2 porções
Gorduras e óleos:
1 a 3 porções

O que nos ensina?

De uma forma simples, a nova Roda dos Alimentos transmite as orientações para uma alimentação saudável, isto é, uma alimentação:

  • completa - comer alimentos de cada grupo e beber água diariamente;
  • equilibrada - comer maior quantidade de alimentos pertencentes aos grupos de maior dimensão e menor quantidade dos que se encontram nos grupos de menor dimensão, de forma a ingerir o número de porções recomendadas;
  • variada - comer alimentos diferentes dentro de cada grupo variando diariamente, semanalmente e nas diferentes estações do ano.

sites relacinados: http://www.confagri.pt

http://www.uarte.mct.pt